Tolerantes à seca, cultivares também apresentam potencial para fabricação de biodiesel.
Três cultivares de amendoim desenvolvidas pela unidade de Algodão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Campina Grande, Paraíba, são recomendadas para o Semiárido nordestino. As variedades BR1, BRS 151 L7 e BRS Havana já estão disponíveis na Embrapa Transferência de Tecnologia, em Brasília, Distrito Federal. A oleaginosa também tem potencial para a fabricação de biodiesel, uma vez que algumas variedades produzem até 50% de óleo.
As cultivares são tolerantes à seca, apresentam ciclo curto e grãos com características exigidas pelo mercado interno e pela indústria. A BR1, mais procurada pelos produtores nordestinos, tem baixo teor de óleo (45%) e 29% de proteína bruta. Seu ciclo médio é de 90 dias. A BRS 151 L7 é a mais precoce, com ciclo de 87 dias. O teor de óleo bruto nas sementes é 46%. Já a BRS Havana tem ciclo de 90 dias e o menor teor de óleo (43%) entre as cultivares utilizadas no Brasil.
A maior parte do amendoim brasileiro é cultivada na região Sudeste, seguida pelo Centro-Oeste e Nordeste. São Paulose destaca com cerca de 80% da produção nacional. Os principais produtores do Nordeste são a Bahia, Sergipe, Ceará e Paraíba. A região é também a segunda maior consumidora de amendoim do Brasil. O sistema de produção típico é o de agricultura familiar, com pouco uso de insumos ou mecanização.
No mês passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a relação dos municípios com novas áreas aptas ao plantio da oleaginosa no Ceará e Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O estudo para indicação das áreas leva em conta os períodos de plantio para o cultivo das variedades em condições de baixo risco climático.
Para obter mais informações e adquirir sementes das cultivares, basta entrar em contato com o escritório de negócios da Embrapa Paraíba através do email: sementes@cnpa.embrapa.br.
Fonte: globo rural online
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