quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ÓLEO DO AMENDOIM MAIS SAUDÁVEL QUE AZEITE

Estudo diz que amendoim é capaz de produzir óleo mais saudável que azeite


O Amedoim tem altas concentrações de proteína e vitamina E. Por isso, especialistas internacionais reunidos em Brasília acreditam que a leguminosa pode se tornar uma fonte de alimento mais importante que a soja.

Estudo diz que amendoim é capaz de produzir óleo mais saudável que azeite O Amedoim tem altas concentrações de proteína e vitamina E. Por isso, especialistas internacionais reunidos em Brasília acreditam que a leguminosa pode se tornar uma fonte de alimento mais importante que a soja.

Nos próximos 25 anos, o amendoim pode deixar de ser visto como um mero tira-gosto e se tornar um dos alimentos mais importantes do mundo. Pelo menos é o que acreditam cerca de 100 especialistas de mais de 10 países que estiveram reunidos até ontem, em Brasília, na 5ª Conferência Internacional da Comunidade Científica de Amendoim, promovida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Embrapa/Cenargen). Em três dias de encontro, eles apresentaram e debateram pesquisas de melhoramento das variedades de um dos petiscos mais consumidos no planeta.

Genuinamente brasileiro, o amendoim é uma das leguminosas produtoras de grãos mais plantadas no mundo. Devido ao seu alto conteúdo de proteína e óleos insaturados, tem papel fundamental na alimentação dos povos de países da América Latina, da África e da Ásia. Além disso, cumpre um importante papel social, garantindo a segurança nutricional e a sustentabilidade da agricultura em áreas áridas e semiáridas de diversas nações, inclusive o Brasil. Na África, por exemplo, ajuda a combater a desnutrição de crianças(leia abaixo).

O que faz os especialistas acreditarem que o grão pode adquirir um papel mais central na alimentação mundial são algumas de suas características. A qualidade do óleo do amendoim é superior ao do azeite de oliva, o que pode ajudar na prevenção de doenças cardíacas. Além disso, os grãos apresentam grandes concentrações de vitamina E — um antioxidante que previne câncer, diabetes e doenças autoimunes — e de proteína, podendo substituir a carne em países onde há escassez desse alimento.
Bom para a saúde

“Não é à toa que o mercado internacional se interessa tanto por esse grão. Ele pode se tornar mais importante, em termos alimentares, do que a soja”, aposta a pesquisadora da Embrapa/Cenargen Soraya Bertioli, uma das coordenadoras da conferência. Segundo Howard Valentine, diretor executivo do American Peanut Council (APC), estudos clínicos feitos nos Estados Unidos mostram que pacientes que consomem uma porção do grão por dia têm menor chance de desenvolver males como o diabetes. “Em 25 anos, será necessário que o mundo dobre a produção de amendoim”, acredita Valentine.

Para que o objetivo proposto pelo especialista americano seja alcançado, será fundamental investir em pesquisas de biotecnologia e genômica para gerar variedades mais produtivas, nutritivas e resistentes, um dos principais focos do congresso realizado em Brasília. Essas ferramentas, segundo Soraya Bertioli, são determinantes para tornar o cultivo mais competitivo. “O amendoim pode contribuir significativamente para sustentar o aumento da demanda de produtividade por hectare, sem ampliar a fronteira agrícola”, afirma. Em outras palavras, produzir mais alimentos no mesmo espaço usado pela agricultura hoje.

Melhoramento genético

Nesse aspecto, o Brasil ocupa um papel de destaque. Os cientistas do país buscam o melhoramento genético dessas leguminosas estudando as variantes silvestres, que, apesar de não produzirem grãos comestíveis, são mais resistentes. Para chegar ao cultivar ideal, os pesquisadores cruzam duas espécies silvestres. Delas, nasce um híbrido, que é, por sua vez, cruzado com uma espécie comercial. A partir daí, é feita uma análise das características repassadas. Se houver sucesso — ou seja, se o resultado for uma planta mais produtiva ou resistente, por exemplo —, o resultado é distribuído para pesquisadores de outros países, como Índia e Estados Unidos, que ampliam os testes.

Entre os resultados desses estudos está o sucesso do cultivo de amendoim no Nordeste. “Conseguimos desenvolver plantas com alta resistência à seca e à doença foliar (manchas escuras nas folhas que não deixam a planta se desenvolver)”, comemora a bióloga Adriana Regina Custódio, que faz parte do grupo de pesquisa em amendoim da Embrapa/Cenargen. O melhoramento genético também possibilitou criar uma variação que deixa o óleo produzido a partir do grão com qualidade superior à do azeite de oliva. “O grupo do Instituto de Agricultura de Campinas (IAC) conseguiu identificar uma mutação natural de algumas plantas e acoplá-la ao melhoramento genético do amendoim”, explica Soraya.

Atualmente, uma nova estratégia está sendo avaliada pelos cientistas. “Queremos ampliar a base genética da cultura de amendoim, que é bastante estreita, por meio do cruzamento com parentes silvestres a partir de ferramentas moleculares”, explica Soraya. Não vão faltar espécies para experimentos, já que o Brasil possui a maior coleção de germoplasma de amendoim do mundo, criado pela Embrapa. São 80 espécies e mais oito em fase de descrição. Dessas, 67 são silvestres e originárias do Brasil. A intenção é criar sementes mais resistentes e tornar possível a produtividade sustentável em regiões com escassez de recursos naturais, como água.

Para a coordenadora da conferência, a diversidade de plantas silvestres brasileiras e o solo fértil do país, além de áreas para expansão da agricultura, fazem do Brasil um dos países com maior potencial para a produção de amendoins, que pode até ultrapassar a da soja. “É essencial que o Brasil seja um dos principais atores na produção de alimentos de qualidade. Temos todas as ferramentas para isso ”, diz Soraya.

Origem

O amendoim é uma planta originária da América do Sul, com provável centro de origem nos vales dos rios Paraná e Paraguai. As primeiras descrições do uso do grão revelam que ele era muito utilizado pelo índios brasileiros. No século 18, o amendoim foi introduzido na Europa. No século 19 difundiu-se do Brasil para a África e do Peru para Filipinas, China, Japão e Índia.



domingo, 24 de abril de 2011

Trabalho com amendoim na África para reduzir a desnutrição infantil será destaque em conferência na Embrapa

Um trabalho pioneiro de distribuição de suplemento alimentar à base de amendoim, leite em pó e açúcar para crianças com desnutrição severa em países da África Subsariana será um dos destaques da Quinta Conferência Internacional da Comunidade Científica de Amendoim (5ª AAGB), que acontece na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 46 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no período de 13 a 15 de junho de 2011.

Esse evento, inédito no Brasil e na América Latina, vai reunir cerca de 100 especialistas de mais de 10 países, como Brasil, Estados Unidos, Argentina, China, Nigéria, Senegal, Estados Unidos, Índia e Mali, entre outros, para discutir a importância de ferramentas modernas como biotecnologia e genômica para aumentar a produtividade, a qualidade e a segurança das pesquisas com amendoim.

A Conferência é promovida por um grupo de cientistas de vários países denominado Avanços em Arachis (amendoim) através de Genômica e Biotecnologia (AAGB), com o objetivo de facilitar a comunicação entre cientistas e indústria no desenvolvimento de novas variedades de amendoim com maior qualidade e aceitação pelo consumidor.

AMENDOIM: ALIADO DA CIÊNCIA CONTRA FOME NA ÁFRICA
A palestra Amendoim contra a fome será apresentada pelo Diretor Executivo do American Peanut Council (APC), Howard Valentine, que também é Presidente da Peanut Foundation no dia 13 de junho, durante a abertura da Conferência.

Trabalho com amendoim na África para reduzir a desnutrição infantil será destaque em conferência na Embrapa: Plumpy'nut: suplemento alimentar à base de amendoim, leite em pó e açúcar

O Plumpy'nut foi idealizado pelo nutricionista e pediatra francês, Andre Briend e não necessita de cozimento ou refrigeração, sendo, portanto, uma boa opção para locais em situação precária. Além disso, é embalado de forma a facilitar o transporte e o uso pelas mães africanas, que espremem o seu conteúdo na boca de bebês e crianças.

Quanto à possibilidade de alergia, frequentemente associada à ingestão de amendoim, a Dra. Susan Shepherd, uma pediatra britânica que trabalha no grupo Médico Sem Fronteiras, na Nigéria, disse que casos de alergias alimentares são muito raros em países não-industrializados.

Outras vantagens dos suplementos à base de amendoim terapêutico são o baixo custo, cerca de US$ 20 para o fornecimento de um mês por criança, e a vida útil que chega a dois anos para alimentos em forma de pasta.

A Peanut Foundation, presidida por Valentine, tem como uma de suas prioridades, financiar pesquisas com amendoim através de bolsas, prêmios e projetos em vários países. O objetivo é estimular o desenvolvimento da produção e gerar empregos, além de oferecer uma fonte complementar de alimento para as populações mais carentes.

AMENDOIM: IMPORTÂNCIA NUTRICIONAL E SOCIAL
O amendoim é uma das leguminosas produtoras de grãos mais plantadas em todo o mundo, devido ao seu alto conteúdo de proteína e óleos insaturados. Por isso, além da África, é um alimento de extrema importância na dieta de povos de países da América Latina e Ásia. Tem um importante papel social, na segurança nutricional e na sustentabilidade da agricultura em áreas áridas e semiáridas de diversos países dos cinco continentes.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Soraya Bertioli, que é uma das uma das coordenadoras da Conferência, apesar de ser uma cultura muito importante do ponto de vista econômico, as informações sobre o cultivo de amendoim se encontram muito dispersas no mundo. Por isso, a iniciativa dos cientistas de criar a AAGB foi determinante, pois vem possibilitando a troca de experiências entre os países em relação às pesquisas de amendoim, com foco em biotecnologia e genômica.

Essas ferramentas são fundamentais para tornar a cultura do amendoim mais competitiva em vista dos desafios crescentes de aumento de pressão demográfica e escassez de recursos naturais. A biotecnologia e a genômica podem contribuir significativamente para sustentar o aumento da demanda de produtividade por hectare, sem ampliar a fronteira agrícola.

Uma nova estratégia, como explica a pesquisadora, é ampliar a base genética da cultura de amendoim, que é bastante estreita, através do cruzamento com parentes silvestres a partir de ferramentas moleculares.

Essa e outras pesquisas serão amplamente debatidas durante a Quinta Conferência Internacional da Comunidade Científica de Amendoim. Para isso, o evento vai contar com sessões técnicas e palestras envolvendo várias áreas do conhecimento, como: recursos genéticos, diversidade alélica, melhoramento, recursos genômicos, genômica comparativa, estresses bióticos e abióticos, entre outros.

Fonte: Agrosoft

sábado, 23 de abril de 2011

Projeto vai destinar R$ 30 milhões para produção de amendoim

Os agricultores familiares do Tocantins contam com mais uma alternativa para geração de emprego e renda. Nesta sexta-feira, 8, a partir das 9h, a Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, por meio da Subsecretaria de Energias Limpas, a empresa BioVerde e parceiros, reúnem-se com agricultores familiares para inclusão de projeto social para produção de amendoim. O encontro acontece, em duas cidades: pela manhã em Silvanópolis(9h); e à tarde, em Santa Rosa(14h).

Segundo informações da Subsecretaria de Energias Limpas, a iniciativa do projeto é voltada para atender os pequenos produtores das comunidades rurais para o plantio de amendoim para produção de óleo. Nos encontros serão apresentados os critérios e normas para que os agricultores possam incluir no projeto. Para atender a demanda da empresa será necessário um investimento em torno de R$ 30 milhões para fomentar os agricultores.

A expectativa é envolver, inicialmente, cerca de 200 agricultores da região, ocupando uma área de 10,8 mil hectares. Neste primeiro momento, serão 1,8 mil ha cultivados. A BioVerde será responsável para capacitar e dar assistência técnica de qualidade aos agricultores. Essa atividade pode gerar uma renda mensal de R$ 1 mil por agricultor.

Selo
A BioVerde faz parte do projeto do governo Federal “Selo de Biocombustível Social. As empresas recebem esse selo por promoverem a inclusão social e o desenvolvimento regional por meio da geração de emprego e de renda aos agricultores familiares do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

Amendoim
O amendoim se destaca como uma atividade agrícola rentável para pequenas propriedades desde que haja emprego da tecnologia adequada. Além disso, a demanda interna pelo amendoim é bastante ampla. A produção aumentou expressivamente nos últimos anos, alcançando na safra de 2007/2008, 30,8 mil toneladas.

Participam do encontro BioVerde, Seagro (as subsecretarias de Energias Limpas e Assentamentos e Pequenas Propriedades), Banco da Amazônia, Sindicato de Trabalhadores Rurais, Adapec, Ruraltins, prefeituras municipais, agricultores familiares e empresas de alimentos a base de amendoim.

Fonte: Portal Stylo

domingo, 23 de janeiro de 2011

Cotação do amendoim em 21/01/2011


Preços recebidos pelo agricultor no ano de 2010. 


Vejam como a evolução nos preços pagos se dá gradativamente excetuando-se os meses de agosto e setembro onde ocorre a colheita da safra de inverno e com a entrada de amendoim no mercado força os preços para baixo, mas no ano de 2010 esta safra pouco influenciou sendo que no mês de outubro os preços já haviam recuperado seu crescimento.

As expectativas para a safra 2010/2011 são de preços elevados e mercado do amendoim aquecido pelo baixo estoque restante da safra 2009/2010.

Fonte: Portal de notícias sobre o agronegócio do amendoim



Aflatoxina virou coisa do passado

Todo produtor sabe que precisa secar a safra recém-colhida para evitar a contaminação pelo fungo

A contaminação por aflatoxina, que por muito tempo assombrou o produto brasileiro, é coisa do passado. Hoje, a secagem do amendoim é parte do manejo e quem não dispõe de secador próprio seca o produto na cooperativa ou na indústria. ''Produtor nenhum armazena a safra úmida, porque amendoim de qualidade inferior ou contaminado vira óleo, que tem valor menor'', diz o agrônomo Jair Marcon.
O produtor Valter Agostinho diz que a atividade passou por uma revolução nos últimos cinco anos, com a tecnificação da produção. ''A colheita é 100% mecanizada e a secagem, obrigatória'', afirma. Agostinho tem dois secadores próprios, com capacidade para secar de 650 a 700 sacas de amendoim cada um.
A mecanização da colheita também mudou o sistema produtivo. O processo começou em 1994 e, em 1998, com o desenvolvimento de máquinas arrancadoras e colhedoras, teve seu auge, diz o superintendente da Coplana, José Arimatéa Calsaverini.
O produtor Raymundo Nuno Júnior, de Jaboticabal (SP), atesta as vantagens da mecanização. Antes, diz, o arranquio era mecânico e o chacoalhamento, manual. Hoje, porém, o produtor já dispõe de uma chacoalhadeira para limpar a terra. ''Reduziu o custo com mão-de-obra.'' Sem o secador, o produtor também dependia do clima para diminuir a umidade do grão. ''O amendoim sai do campo com 19% de umidade. Com o secador, a umidade baixa para 8% e o amendoim fica pronto para armazenar.''
Nuno Júnior plantou 250 hectares de amendoim rasteiro e encerrou a colheita, com produtividade ótima, de 200 sacas/hectare. ''Choveu regularmente, a cada 15, 20 dias, o que favoreceu o florescimento da lavoura'', explica. ''No ano passado houve um período seco na época de formação das vagens e a produtividade ficou em 170 sacas/hectare.'' O preço pago pela saca foi de R$ 22.
EXPORTAÇÃO
O potencial de exportação do amendoim brasileiro também está crescendo. ''Recebemos visitas de compradores europeus e eles ficam satisfeitos com a qualidade'', diz Calsaverini, da Coplana.
Este ano, a cooperativa, que trabalha com 200 produtores, processou 36 mil toneladas de amendoim e exportou metade desse volume. Segundo ele, o exigente mercado europeu compra amendoim branco, sem pele, item já atendido pelos produtores brasileiros.
Seguindo o padrão de qualidade, a Europa permite a importação de amendoim com nível de aflatoxina de 4 ppb (partes por bilhão) e o produto exportado pela cooperativa tem nível abaixo do determinado. ''Embora o preço interno esteja bom, hoje, as grandes oportunidades estão no mercado externo'', diz.
Segundo o vice-presidente do setor de Amendoim da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Renato Fechino, o preço internacional da tonelada de amendoim in natura é de US$ 1.600. Fechino calcula que a produtividade tenha aumentado até 50% nesta safra. ''O preço também está bom para o produtor. Passou de R$ 21 em 2007 para R$ 25 em 2008.''
A Abicab criou, em 2001, o Programa de Auto-Regulamentação e Expansão de Consumo de Amendoim (Pró-Amendoim), que fiscaliza, periodicamente, a qualidade dos produtos derivados de amendoim. Uma das atribuições do programa é monitorar a presença de aflatoxinas no amendoim processado. Desde o início do programa, a quantidade de lotes que apresentaram não-conformidade na qualidade caiu de 30% para 5%. Hoje, 12 empresas que detêm 45% do mercado, de um universo de 300 empresas, têm o selo Pró-Amendoim.
INFORMAÇÕES: C.A. de Dumont, tel. (0--16) 3944-1311

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Clima favorece colheita de amendoim

Produtor está animado com bom rendimento da lavoura, que é cultivada em sistema de consórcio com a cana-de-açúcar

12 de janeiro de 2011 | 0h 47

O ano começou com chuvas persistindo pela segunda semana consecutiva em São Paulo. Foram grandes volumes acumulados, totalizando, nesta última semana, 238 milímetros em Jaú, 236,3 milímetros em Piracicaba, 188,6 milímetros em Campinas, 132,6 milímetros em São José do Rio Pardo, 116 milímetros em Jaboticabal e 104 milímetros em São Carlos. Nestes municípios, o total acumulado em uma semana se chega a se igualar à média esperada para o mês.



Houve transbordamento de rios e estradas rurais ficaram danificadas, dificultando o transporte e escoamento de safras e de coleta de leite. Em Piracicaba e Jaú o excedente hídrico supera 200 milímetros.

A umidade do solo está em nível de saturação na maioria das localidades, à exceção de Itapeva e Presidente Prudente, que estão com armazenamento abaixo do limite máximo. Com o bom suprimento de água, as lavouras de milho de soja têm bom desenvolvimento. Entretanto, por causa do longo período de molhamento das folhas e do calor, aumentam as chances de proliferação de doenças fúngicas, exigindo atenção dos produtores.

O excesso de umidade do solo impede as atividades agrícolas. As máquinas não podem circular, sob pena de compactação do solo e os tratamentos fitossanitários também não podem ser efetuados. Além do mais, as atividades de colheita ficam prejudicadas e a qualidade dos produtos a serem colhidos é menor.

Pastagens. As pastagens vêm crescendo vigorosamente, tornando a engorda do gado mais barata aos pecuaristas. Com a expectativa de crescimento da economia, deve aumentar o consumo, mantendo em alta o preço da arroba do boi.

No inverno e início da primavera, a falta de chuva quebrou a produção do abacate na região de Jardinópolis e o frio também contribuiu para reduzir a produção de uva em Jundiaí, onde a colheita segue com atraso por causa da chuva.

Os agricultores estão se preparando para o início da colheita do amendoim - muitas lavouras são plantadas em consórcio com a cana-de-açúcar. Como o clima favoreceu a colheita, a safra do amendoim promete ter boa produtividade e os preços no mercado favorecem os produtores.

Segue a colheita da maçã em Paranapanema, do quiabo em Piacatu, da lichia em Tupã, do tomate em Ribeirão Branco e da manga em Jaboticabal e Monte Alto.



ANA MARIA H. DE ÁVILA É PESQUISADORA DO CEPAGRI/UNICAMP. PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE TEMPO E CLIMA, ACESSE WWW.AGRITEMPO.GOV.BR