domingo, 15 de junho de 2014

Amendoim deve fazer sucesso na Copa

Vendas podem crescer até 30% entre junho e julho em comparação com o mesmo período de 2013

De carona com a Copa do Mundo, a comercialização de alguns produtos tradicionais do Nordeste deve crescer este ano, sobretudo na Região. É o caso do amendoim, para o qual é esperado um aumento de 30% nas vendas entre junho e julho em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).

O produto, assim como cerveja e salgadinhos, está entre os acompanhamentos preferidos dos brasileiros na hora de assistir a uma partida de futebol. De acordo com pesquisa do Ibope, feita em 2010 por encomenda da ABICAB, 66% dos consumidores nacionais compram amendoim e associam a guloseima com situações de prazer, futebol e confraternizações. Como o São João costuma aquecer as vendas do item na versão doce e a Copa deve puxar o resultado da variante salgada, o momento é bastante oportuno para o setor. “Os eventos se complementam e favorecem o consumo de snacks”, considerou o vice-presidente da divisão de amendoim da ABICAB, André Guedes.

Nos supermercados pernambucanos, o quitute é uma das principais apostas para o período da Copa, de acordo com a Associação Pernambucana de Supermercados (Apes). Por aqui, o mundial de futebol deve gerar um incremento de 3% a 4% nas vendas das redes. “Dentro desse resultado, há um direcionamento maior para produtos como bebidas, salgadinhos e amendoins”, ressaltou Silvana Buarque, superintendente da Apes.

O diretor da AGTAL, empresa que atua no setor de snacks com produtos à base de amendoim e castanhas, André Guedes, acredita na manutenção dos preços, apesar da alta na procura. “O consumidor final não deve sentir uma alta nos preços. Há um esforço do setor no sentido de adotar promoções em relação à Copa e aproveitar o momento único no País. Apostar em um aumento para um período de curta duração, que não vai se repetir no próximo ano é arriscado”, opinou.

Em SP, produtividade e preços prejudicam produtores de amendoim

Baixa produtividade se deve à seca no período de desenvolvimento. Para amenizar as perdas, agricultores estão aguardando para vender.


      A estiagem e o forte calor do início do ano prejudicaram o desenvolvimento do amendoim, em São Paulo. Teve quebra na safra.
    Em uma plantação de 700 hectares, em Tupã, centro-oeste do estado, a máquina trabalha colhendo os últimos sacos. É o fim da safra, restam apenas 10% da área para finalizar a colheita, mas o produtor rural Roberto Gomes, que planta amendoim há mais de 30 anos, não está contente com os resultados deste ano.
    Segundo Roberto, a produtividade foi pelo menos 30% abaixo do esperado. “Colhendo 30% a mais, a gente ia somente tirar o custo de produção, então provavelmente, o produtor vai ficar sem remuneração para fechar as contas no final da colheita”, diz.
    A baixa produtividade na safra aconteceu por causa da seca no período de desenvolvimento do amendoim, principalmente no mês de janeiro, quando a planta precisa de umidade. Desta vez, o calor foi acima do normal e a chuva não veio, por isso, a planta cresceu pouco.
    Além da queda na produção, o preço também caiu. Segundo dados do Instituto de Economia Agrícola, a saca do amendoim em casca é comercializada hoje pelo preço médio de R$ 32, enquanto no ano passado, segundo os produtores, foi vendida a R$ 35.
    Para amenizar as perdas, muitos agricultores estão estocando o amendoim em galpões de cooperativas, aguardando o momento certo para vender. “A necessidade de obter preços maiores faz com que a gente esteja estocando o amendoim para ter condições de vender por preços que paguem o custo”, diz Roberto.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Código genético do amendoim está próximo de ser sequenciado

Pesquisa feita por brasileiros e pesquisadores de outros três países busca criar transgênicos resistentes à seca


Um projeto que começou há 15 anos no Distrito Federal está próximo de atingir o sucesso. Em uma parceria entre pesquisadores brasileiros, israelenses, chineses e norte-americanos o sequenciamento genético do amendoim está próximo de ser concluído. A intenção dos pesquisadores é identificar os genes responsáveis pela tolerância da seca e transferi-los para outras plantas.

José Vallis, um dos cientistas ligados ao projeto, passou três décadas coletando diferentes mudas do grão na América Latina. Em sua coleta, conseguiu mais de 80 tipos da planta.

Se quisermos conhecer o potencial dos parentes silvestres do amendoim temos que ter o material. Como os materiais são na maior parte das vezes brasileiros, não há outros países que façam a pesquisa. Ou o Brasil faz a pesquisa ou ninguém faz.

Entre as espécies cultivadas nas estufas da Embrapa está a Arachis ipaenses, da Bolívia, e a Arachis duranensis, da Argentina. As duas espécies foram sequenciadas pelos cientistas.

Segundo Patricia Messenberg, pesquisadora da Embrapa, o trabalho foi feito com espécies que evoluíram graças ao stress dos trópicos e que criaram resistência às pragas naturais, além de problemas de temperatura e umidade.

Com essas informações, os pesquisadores acreditam que ficará mais fácil transferir os genes de interesse das espécies silvestres para o amendoim cultivado, agilizando o projeto de criar um amendoim transgênico que suporte a falta de umidade do cerrado. Os próximos passos da pesquisa é produzir variedades de plantas, como soja, feijão e caupi, com mais tolerância à seca.
Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2014/05/codigo-genetico-do-amendoim-esta-proximo-de-ser-sequenciado-4498332.html

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Pesquisadores conseguem combater alergia a amendoim entre crianças

Médicos conseguiram dessensibilizar crianças alérgicas pela ingestão do alimento


Um grupo de médicos conseguiu dessensibilizar crianças alérgicas a amendoim fazendo-as ingerir pequenas doses deste alimento, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista médica britânica The Lancet.
Depois de seis meses de tratamento, as crianças conseguiram tolerar doses diárias de 800 mg de amendoim em pó, o equivalente a cinco amendoins, o suficiente para salvar sua vida em caso de ingestão acidental, segundo os autores da pesquisa.
Segundo o coordenador do estudo, Andrew Clark, da Universidade de Cambridge, o tratamento permitiu que crianças muito alérgicas consumam quantidades de amendoins muito superiores às encontradas nos alimentos contaminados acidentalmente.
Um total de 99 crianças e adolescentes alérgicos, de 7 a 16 anos, participaram do estudo.

Um em cada cinco sofreu efeitos não desejados, que na maioria dos casos se traduziu em coceira moderada na boca.
A alergia a amendoim afeta uma criança em cada 50 e constitui a principal causa de morte como consequência de uma alergia alimentar.
Noticia publicada em 30/01/2014.

Falta de chuva atrasa o plantio da safra de amendoim em São Paulo

Novamente a história se repete e os agricultores sofrem com as adversidades climáticas.


A safra de amendoim está atrasada em São Paulo. Só agora, com a volta da chuva, é que as sementes estão sendo plantadas.

O trabalho na propriedade de Carlos Reis ainda não terminou. O produtor de Tupã deveria ter concluído o plantio do amendoim em novembro, mas a estiagem fora de época atrapalhou os planos. Ele só voltou para o campo graças às chuvas regulares dos últimos dias.

"O plantio atrasou pelo menos uns 20 dias (...) porque faltou chuva e isso não estava previsto", diz.

A grande maioria dos produtores do centro oeste paulista enfrenta o mesmo problema – cerca de 10% da área destinada à cultura do amendoim ainda não foi plantada, cenário que preocupa muita gente.


O plantio feito mais tarde atrapalha a produtividade da lavoura. Em áreas que receberam as sementes em dezembro, a colheita deve ser 20% menor.

Apesar das dificuldades no fim do plantio, Edson Schiavon está otimista com a safra 2013/2014. O valor da saca de 25 quilos está acima dos R$ 30, preço considerado bom, e a chuva dos últimos dias tem ajudado os produtores. “A chuva trouxe otimismo, mudou todo o cenário. O amendoim agora está bonito”, conta.

Noticia publicada em 17/12/2013.

No link abaixo tem um vídeo com a integra da reportagem.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Emprapa lança amendoim adaptado especialmente à região Nordeste


A Emprapa lançou uma nova variedade de amendoim adaptada especialmente à região Nordeste. A cultivar batizada de pérola branca foi apresentada para agricultores da região do Cariri, no sul do Ceará.

O amendoim é chamado de BRS pérola branca. A Embrapa reuniu em Barbalha engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e produtores rurais de vários municípios do Cariri para apresentar a nova variedade do grão que, segundo a pesquisadora, é mais rentável e se adapta com facilidade ao clima semi-árido.

Na área experimental, os participantes do dia de campo viram que o ciclo do amendoim pérola branca é de 110 a 115 dias, tem de três a quatro sementes por vagem, é comestível e também pode ser transformado em combustível.

O campo experimental de Barbalha é uma forma encontrada pela Embrapa para incentivar os pequenos e médios agricultores nordestinos a também trabalharem o segmento amendoim. A expectativa da empresa é incluir a nova variedade de amendoim no programa de sementes do governo até 2014.

Assista o vídeo transmitido no Globo Rural: Aqui!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Falta de chuva atrasa plantio do amendoim, em São Paulo

Mesmo quem semeou a safra está preocupado por causa do solo seco. Cenário provocou queda no rendimento das lavouras.


Na fazenda de Edson Schiavon, em Tupã, o plantio que era para estar no fim ainda nem começou por falta de umidade no solo. Com o atraso, o produtor já teme os prejuízos.

Segundo a Cooperativa de Produtores de Amendoim de Tupã, nesta época do ano, pelo menos, 60% da safra total já deveria ter sido plantada, mas o clima quente e seco deixou o solo com pouca umidade, o que atrasou o plantio. Apenas 40% dos 60 mil hectares destinados à plantação de amendoim receberam as sementes.

São Paulo responde por 90% da safra brasileira de amendoim. No mês de outubro, o índice de chuvas na região ficou 38% abaixo do esperado. Sem umidade, as sementes não germinam e a produtividade pode cair.

De acordo com o engenheiro agrônomo Jorge Dias, o calor também pode prejudicar os produtores que já iniciaram o plantio. “Jogando a semente no solo úmido e de repente quando ela começa a germinar, falta chuva e umidade, a alta temperatura aquece o solo e cozinha as sementes e elas não germinam”, explica.

Diante destas condições o plantio esta lento e o estande de plantas pode ser prejudicado interferindo na produtividade e rentabilidade da safra 2012/13.