domingo, 23 de janeiro de 2011

Cotação do amendoim em 21/01/2011


Preços recebidos pelo agricultor no ano de 2010. 


Vejam como a evolução nos preços pagos se dá gradativamente excetuando-se os meses de agosto e setembro onde ocorre a colheita da safra de inverno e com a entrada de amendoim no mercado força os preços para baixo, mas no ano de 2010 esta safra pouco influenciou sendo que no mês de outubro os preços já haviam recuperado seu crescimento.

As expectativas para a safra 2010/2011 são de preços elevados e mercado do amendoim aquecido pelo baixo estoque restante da safra 2009/2010.

Fonte: Portal de notícias sobre o agronegócio do amendoim



Aflatoxina virou coisa do passado

Todo produtor sabe que precisa secar a safra recém-colhida para evitar a contaminação pelo fungo

A contaminação por aflatoxina, que por muito tempo assombrou o produto brasileiro, é coisa do passado. Hoje, a secagem do amendoim é parte do manejo e quem não dispõe de secador próprio seca o produto na cooperativa ou na indústria. ''Produtor nenhum armazena a safra úmida, porque amendoim de qualidade inferior ou contaminado vira óleo, que tem valor menor'', diz o agrônomo Jair Marcon.
O produtor Valter Agostinho diz que a atividade passou por uma revolução nos últimos cinco anos, com a tecnificação da produção. ''A colheita é 100% mecanizada e a secagem, obrigatória'', afirma. Agostinho tem dois secadores próprios, com capacidade para secar de 650 a 700 sacas de amendoim cada um.
A mecanização da colheita também mudou o sistema produtivo. O processo começou em 1994 e, em 1998, com o desenvolvimento de máquinas arrancadoras e colhedoras, teve seu auge, diz o superintendente da Coplana, José Arimatéa Calsaverini.
O produtor Raymundo Nuno Júnior, de Jaboticabal (SP), atesta as vantagens da mecanização. Antes, diz, o arranquio era mecânico e o chacoalhamento, manual. Hoje, porém, o produtor já dispõe de uma chacoalhadeira para limpar a terra. ''Reduziu o custo com mão-de-obra.'' Sem o secador, o produtor também dependia do clima para diminuir a umidade do grão. ''O amendoim sai do campo com 19% de umidade. Com o secador, a umidade baixa para 8% e o amendoim fica pronto para armazenar.''
Nuno Júnior plantou 250 hectares de amendoim rasteiro e encerrou a colheita, com produtividade ótima, de 200 sacas/hectare. ''Choveu regularmente, a cada 15, 20 dias, o que favoreceu o florescimento da lavoura'', explica. ''No ano passado houve um período seco na época de formação das vagens e a produtividade ficou em 170 sacas/hectare.'' O preço pago pela saca foi de R$ 22.
EXPORTAÇÃO
O potencial de exportação do amendoim brasileiro também está crescendo. ''Recebemos visitas de compradores europeus e eles ficam satisfeitos com a qualidade'', diz Calsaverini, da Coplana.
Este ano, a cooperativa, que trabalha com 200 produtores, processou 36 mil toneladas de amendoim e exportou metade desse volume. Segundo ele, o exigente mercado europeu compra amendoim branco, sem pele, item já atendido pelos produtores brasileiros.
Seguindo o padrão de qualidade, a Europa permite a importação de amendoim com nível de aflatoxina de 4 ppb (partes por bilhão) e o produto exportado pela cooperativa tem nível abaixo do determinado. ''Embora o preço interno esteja bom, hoje, as grandes oportunidades estão no mercado externo'', diz.
Segundo o vice-presidente do setor de Amendoim da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Renato Fechino, o preço internacional da tonelada de amendoim in natura é de US$ 1.600. Fechino calcula que a produtividade tenha aumentado até 50% nesta safra. ''O preço também está bom para o produtor. Passou de R$ 21 em 2007 para R$ 25 em 2008.''
A Abicab criou, em 2001, o Programa de Auto-Regulamentação e Expansão de Consumo de Amendoim (Pró-Amendoim), que fiscaliza, periodicamente, a qualidade dos produtos derivados de amendoim. Uma das atribuições do programa é monitorar a presença de aflatoxinas no amendoim processado. Desde o início do programa, a quantidade de lotes que apresentaram não-conformidade na qualidade caiu de 30% para 5%. Hoje, 12 empresas que detêm 45% do mercado, de um universo de 300 empresas, têm o selo Pró-Amendoim.
INFORMAÇÕES: C.A. de Dumont, tel. (0--16) 3944-1311

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Clima favorece colheita de amendoim

Produtor está animado com bom rendimento da lavoura, que é cultivada em sistema de consórcio com a cana-de-açúcar

12 de janeiro de 2011 | 0h 47

O ano começou com chuvas persistindo pela segunda semana consecutiva em São Paulo. Foram grandes volumes acumulados, totalizando, nesta última semana, 238 milímetros em Jaú, 236,3 milímetros em Piracicaba, 188,6 milímetros em Campinas, 132,6 milímetros em São José do Rio Pardo, 116 milímetros em Jaboticabal e 104 milímetros em São Carlos. Nestes municípios, o total acumulado em uma semana se chega a se igualar à média esperada para o mês.



Houve transbordamento de rios e estradas rurais ficaram danificadas, dificultando o transporte e escoamento de safras e de coleta de leite. Em Piracicaba e Jaú o excedente hídrico supera 200 milímetros.

A umidade do solo está em nível de saturação na maioria das localidades, à exceção de Itapeva e Presidente Prudente, que estão com armazenamento abaixo do limite máximo. Com o bom suprimento de água, as lavouras de milho de soja têm bom desenvolvimento. Entretanto, por causa do longo período de molhamento das folhas e do calor, aumentam as chances de proliferação de doenças fúngicas, exigindo atenção dos produtores.

O excesso de umidade do solo impede as atividades agrícolas. As máquinas não podem circular, sob pena de compactação do solo e os tratamentos fitossanitários também não podem ser efetuados. Além do mais, as atividades de colheita ficam prejudicadas e a qualidade dos produtos a serem colhidos é menor.

Pastagens. As pastagens vêm crescendo vigorosamente, tornando a engorda do gado mais barata aos pecuaristas. Com a expectativa de crescimento da economia, deve aumentar o consumo, mantendo em alta o preço da arroba do boi.

No inverno e início da primavera, a falta de chuva quebrou a produção do abacate na região de Jardinópolis e o frio também contribuiu para reduzir a produção de uva em Jundiaí, onde a colheita segue com atraso por causa da chuva.

Os agricultores estão se preparando para o início da colheita do amendoim - muitas lavouras são plantadas em consórcio com a cana-de-açúcar. Como o clima favoreceu a colheita, a safra do amendoim promete ter boa produtividade e os preços no mercado favorecem os produtores.

Segue a colheita da maçã em Paranapanema, do quiabo em Piacatu, da lichia em Tupã, do tomate em Ribeirão Branco e da manga em Jaboticabal e Monte Alto.



ANA MARIA H. DE ÁVILA É PESQUISADORA DO CEPAGRI/UNICAMP. PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE TEMPO E CLIMA, ACESSE WWW.AGRITEMPO.GOV.BR